Deficiência Física

Deficiência física é o nome dado a característica dos problemas que ocorrem no cérebro ou sistema locomotor, e levam a um mal funcionamento ou paralisia dos membros inferiores e/ou superiores.

A Deficiência física pode ter várias etiologias, entre as principais estão os: fatores genéticos, fatores virais ou bacteriano, fatores neonatal, fatores traumáticos (especialmente os medulares).

As pessoas com deficiência de ordem física ou motora necessitam de atendimento fisioterápico, psicológico a fim de lidar com os limites e dificuldades decorrentes da deficiência e simultaneamente desenvolver todas as possibilidades e potencialidades.

Definição

É a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia.
O termo paralisia se refere à perda da capacidade de contração muscular voluntária, por interrupção funcional ou orgânica em um ponto qualquer da via motora, que pode ir do córtex cerebral até o próprio músculo; fala-se em paralisia quando todo movimento nestas proporções são impossíveis.
O termo paresia refere-se quando o movimento está apenas limitado ou fraco. O termo paresia vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade. Nos casos de paresias, a motilidade se apresenta apenas num padrão abaixo do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento, amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, refere-se a um comprometimento parcial, a uma semiparalisia.

Classificação das paralisias

Dependendo do número e da forma como os membros são afetados pela paralisia, foi sugerida por WYLLIE (1951), a seguinte classificação:
·Monoplegia – condição rara em que apenas um membro é afetado.
·Diplegia – quando são afetados os membros superiores.
·Hemiplegia – quando são afetados os membros do mesmo lado.
·Triplegia – condição rara em que três membros são afetados.
·Tetraplegia/ Quadriplegia – quando a paralisia atinge todos os membros; sendo que a maioria dos pacientes com este quadro apresentam lesões na sexta ou sétima vértebra.
·Paraplegia – quando a paralisia afeta apenas os membros inferiores; podendo ter como causa resultante uma lesão medular torácica ou lombar. Este trauma ou doença altera a função medular, produz como conseqüências, além de déficits sensitivos e motores, alterações viscerais e sexuais.


Causas diversas ou desconhecidas

·Paralisia Cerebral: por prematuridade; anóxia perinatal; desnutrição materna; rubéola; toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição; outras.
·Hemiplegias: por acidente vascular cerebral; aneurisma cerebral; tumor cerebral e outras.
·Lesão medular: por ferimento por arma de fogo; ferimento por arma branca; acidentes de trânsito; mergulho em águas rasas. Traumatismos diretos; quedas; processos infecciosos; processos degenerativos e outros.
·Amputações: causas vasculares; traumas; malformações congênitas; causas metabólicas e outras.
·Febre reumática – (doença grave que pode afetar o coração);
·Câncer;
·Miastenias graves (consistem num grave enfraquecimento muscular sem atrofia).


Deficiente fisico e o trabalho

A preocupação com a inclusão social do deficiente físico é pauta constante da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que protege os deficientes através das Recomendações nº 99, 111, 150 e 168 e das Convenções nº 111 e 159, ambas ratificadas pelo Brasil. Aqui, além da Constituição Federal, que prevê inúmeros instrumentos de proteção aos deficientes, há a Lei nº 7.853/89, a Lei nº 8.213/91 e o Decreto nº 3298/99.
A legislação brasileira determinou que as empresas obedeçam às exigências legais a fim de preencher a cota de deficientes prevista no artigo 93 da Lei nº 8.213/91. A regra, embora em vigor há mais de 15 anos, é desconhecida por muitos empresários. Há algumas empresas que até conhecem a legislação, desconhecendo, porém, qual a melhor forma de se adaptar às regras.
A legislação determina uma cota de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiências nas empresas com 100 ou mais empregados, nas seguintes proporções: até 200 empregados, 2%; de 201 a 500, 3%; de 501 a 1.000, 4%; e de 1.001 em diante, 5%.
O sistema de cotas possui alguns aspectos interessantes. Um deles prevê que a empresa somente pode dispensar um empregado inserido no sistema de cota se ocorrer a contratação de um substituto em condição semelhante. Ocorre que muitas empresas têm encontrado dificuldade em contratar profissionais especializados com deficiência ou até mesmo com o mínimo de preparação paras as vagas disponíveis. Outras, de forma bastante desonesta, se baseiam neste mesmo argumento para não contratá-los.
Também existem deficientes que não conseguem um emprego digno por falta de capacitação profissional. Eles enfrentam inúmeros obstáculos diariamente, como o preconceito, a dificuldade do acesso pelo transporte público ou pelas vias públicas (falta de rampas, ausência de semáforos para deficientes visuais, corredores estreitos, entre outros), impedindo que se especializem e se preparem para o mercado de trabalho.
Outro problema encontrado é a falta de comunicação entre as empresas, os sindicatos e a Secretaria da Fiscalização do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
O prazo de adaptação às regras impostas pelo Ministério do Trabalho muitas vezes é exíguo, impedindo que a empresa se adapte rapidamente ao sistema de cotas. Isto porque, para algumas empresas, de fato faltam no mercado de trabalho os profissionais capacitados. Os sindicatos, por sua vez, não possuem listas de seus associados que poderiam ser admitidos através das cotas. E o Ministério do Trabalho ainda não tem como avaliar se as argumentações empresariais são verdadeiras ou não, aplicando indiscriminadamente, por conseguinte, multas que variam de R$ 1,2 mil a R$ 140 mil.
No entanto, existem algumas soluções que poderiam e deveriam ser adotadas em primeiro plano. Para as empresas, o ideal é inicialmente estar conscientes da necessidade de contratação e integração desses empregados e fazer uma avaliação interna dos cargos para verificar quais deles podem receber o deficiente. Uma das formas de buscar profissionais é procurar instituições que se dediquem à capacitação e formação de trabalhadores deficientes físicos e oferecer treinamentos especializados após a contratação.
Para os deficientes, é interessante procurar junto a sindicatos o nome das empresas que possuem mais de 100 empregados e encaminhar seus currículos com as habilidades profissionais. Existe ainda um programa do Ministério do Trabalho chamado Consórcio Social da Juventude, que atende pessoas com deficiência.
Os sindicatos poderiam fazer um banco de dados tanto dos deficientes (dados pessoais e qual o tipo de deficiência, habilidades profissionais e área de atuação) quanto das empresas, além de disponibilizarem seus murais para comunicação entre empregados e empregadores. Também poderiam negociar normas destinadas à melhoria das condições de trabalho dos deficientes físicos nos acordos coletivos.
É bom ressaltar que deverá constar no contrato de trabalho, expressamente, que a contratação do deficiente é pelo sistema de cotas, de acordo com o artigo 93, da Lei nº 8213/91, Lei nº 10.098/2000 e Decreto nº 3298/99. Após a contratação, é necessária a adaptação do espaço físico, como rampas, acesso à empresa, adaptação das mesas e utensílios de trabalho, entre outros, bem como conscientização de todos os empregados acerca da importância da inclusão social do deficiente e da responsabilidade social da empresa. Os empregados antigos, aliás, devem estar preparados para recepção dos novos colegas.
Na maioria dos casos, inclusive, é possível que a avaliação periódica do desempenho profissional tenha os mesmos critérios entre deficientes e demais empregados. Com a contratação, só existirá o “sistema ganha-ganha”.
Além da empresa e do deficiente, ganha o país, com a diminuição do desemprego e maior inclusão social. Além disso, dentro da empresa, os empregados certamente se orgulharão da proposta da empresa, além de criar um ambiente inovador e satisfatório a todos. A empresa, certamente, terá um real ganho de imagem perante seus subordinadores, fornecedores, clientes e comunidade, sem contar em possível aumento de produtividade.

A construção social da deficiência física

A convivência com pessoas com necessidades especiais é marcada, em cada época da história, por ações discriminatórias que geram representações preconceituosas. Na antiguidade as crianças eram mortas quando nasciam com má-formação ou doentes. As que sobreviviam eram abandonadas e ficavam a deriva da sorte ou eram utilizadas por pessoas pobres para pedir esmola. Em outros locais eram vistas como "possuídas pelo demônio" e que precisavam ser purificadas. Esse fato mascarava flagelos e humilhações.
Essa visão foi alterada com o Cristianismo que considerava que todos os homens são filhos de Deus e, portanto, possuidores de alma. Os cristãos acreditavam que somente Deus podia dar ou tirar a vida, tornando-se pecado qualquer ação contra a vida do homem. Sendo assim, os deficientes não podiam mais ser mortos, maltratados ou abandonados. Apesar disso, o confinamento e a segregação eram permitidos, visto que era suficiente, como ato caridoso ao deficiente, o alimento e o teto.
Esses rótulos produziram sentimentos como repugnância, piedade, segregação e isolamento a essas pessoas, fortalecendo e ratificando os preconceitos até os dias atuais. Dessa forma, as pessoas com deficiência mental, sensorial ou física encontram-se, desde antiguidade, a margem da sociedade.
Essa marginalização se torna marcante quando uma multiplicidade de barreiras são (im)postas para essas pessoas. Esses desafios podem provocar reações como ânimo e determinação, ou podem, levar a acomodação e ao desânimo. Sendo assim, para avançarmos nas discussões sobre a intervenção da educação física escolar com deficientes físicos deveremos privilegiar os aspectos positivos, as vantagens: as possibilidades.

O esporte no cotidiano do portador de deficiência física
Ser portador de alguma deficiência física inata ou adquirida por algum acidente é, sem dúvida, ser merecedor de um tipo específico de atenção, seja no campo pessoal, familiar, ou ainda no campo social.
Nesse contexto, quando a escola trabalha com a prática de esporte, ela pode significar, no imaginário do deficiente, uma forma de evidenciar suas deficiências, retirando-o da convivência com os outros, significando sacrifício e exclusão. Por outro lado, pode também significar melhorias para a sua qualidade de vida, por proporcionar prazer e ser sentida como uma prática que não desconsidera sua deficiência e seus limites, mas sim, evidencia a sua eficiência e possibilidades.
A condição de igualdade social nem sempre está presente no cotidiano do deficiente físico. No âmbito escolar nem todos conseguem uma vaga em uma instituição com serviço educacional adequado. Seria necessário que o acesso à escola com serviços especializados fosse para todos, em classes adequadas à idade, a fim de prepará-los para uma vida autônoma como membros plenos da sociedade.
Esses mesmos deficientes têm seus direitos garantidos pela legislação. Mas a garantia se esvai, quando perante tantos desafios, que os tolhem e os retalham no exercício de sua cidadania, desanimam e se acomodam a condição de heteronomia. O preconceito e a discriminação se fazem concretos, pois suspeitamos que, por estarem presentes em toda parte, a sociedade desconhece como tratar essa diferença.
Com a educação física apropriada aos deficientes, poderíamos mostrar à sociedade que todo cidadão, deficiente ou não, é capaz de viver com suas deficiências, praticando alguma atividade física, sem que as pessoas os olhem com compaixão. Mas sim, como capazes de ampliar suas possibilidades nos campos axiológico, social, político e cultural.
Valores como determinação, cooperação, auto-superação, autoconfiança, socialização, bem como habilidades motoras e cognitivas, podem ser referenciados pela prática da atividade física. Ao trabalhar com o deficiente, precisamos intervir visando uma educação física que os conscientize de suas deficiências, mas que os faça desvelar suas possibilidades e motivá-los na busca de melhorias para a sua qualidade de vida, facilitando suas atividades cotidianas.
Se, ao contrário, percebermos a Educação Física Escolar com a finalidade de treinamento físico, supostamente poderemos submeter esse indivíduo a um sofrimento maior, podendo até piorar a condição física, social e afetiva do praticante.
Tornar a educação física uma prática emancipatória para os deficientes físicos é um desafio posto aos atuais e futuros profissionais de educação física.
Recursos metodológicos para compreensão da inclusão escolar
Para melhor compreender a construção da discriminação e do preconceito, recorremos a três professores que atuam no curso de graduação de Educação Física do UniFOA. Os critérios para a escolha desses professores foram: 1) Está atuando no ensino fundamental; 2) Ter alunos com comprometimentos físicos; 3) Está participando ativamente da formação de futuros professores de educação física.
Os professores selecionados tinham as seguintes características: Prof. 1 - Professor da rede particular do ensino de Volta Redonda, pós-graduado, com mais de dez anos de formação. Prof. 2 - Professor da rede pública de ensino de Volta Redonda, mestre, com mais de 10 anos de formação. Prof. 3 - Professora da rede pública de ensino de Volta Redonda, mestranda, com menos de 10 anos de formação. Todos responderam à pergunta: "Professor(a) para você o que é inclusão?"
Através de seus discursos estaremos identificando as representações e posturas desses profissionais em relação à deficiência e iremos refletir sobre os preconceitos sociais gerados e gerenciados pela escola, nos posicionando, criticamente, em relação à desconstrução de rótulos que se encontram cristalizados no ambiente escolar.

Rompendo com exclusão e instituindo a inclusão

Acreditamos que, conceber o deficiente físico como um ser inútil, é formular pré-conceitos e rotular arbitrariamente uma pessoa. Segundo relato da autora Edler (1998), as pessoas que se tornaram deficientes físicos na fase adulta, entendem que uma das maiores barreiras é a ignorância do que seja um deficiente. Eles próprios, antes do acidente que os vitimou, nunca tinham pensado nas necessidades especiais dos "chumbados" (p.28). Portanto, diante dessa afirmativa concluímos que falta conhecimento na sociedade e isso gera preconceito e discriminação.
Ao ponderarmos sobre esses preconceitos no campo educacional percebemos que ele pode surgir na própria formação do professor através de representações que lhe são passadas através de posturas que submetem o deficiente a alguma prática desportiva que não considere suas diferenças e potencialidades, estará expondo-o à situações de constrangimentos.
Existe relato de Professor que nos situam quanto a participação do deficiente na aula: "Acho um absurdo ter que mudar minhas aulas por causa de um aluno. Dou o esporte e o convido a participar. Se ele quiser..." (Prof. 1)
O preconceito social existente pode levar os deficientes a criarem um mundo só deles, fazendo com que construam barreiras subjetivas que se tornam intransponíveis.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, na década de 80, mais de 500 milhões de pessoas, ou 10% da população mundial total, tem algum tipo de deficiência. Na maioria dos países, pelo menos uma em cada 10 pessoas tem um impedimento físico, mental ou sensorial, e pelo menos 25% da população geral são adversamente atingidos pela presença das deficiências. Estes números mostram o enorme tamanho do problema e, enfatiza o impacto deste fenômeno sobre qualquer sociedade como um todo.
Entretanto, esta quantificação, sozinha, não constitui uma base suficiente para se avaliar a real gravidade do problema. Se o sujeito, além de deficiente, é de uma classe social baixa, as barreiras que eram caracterizadas pela dimensão física, passam a se constituir também na dimensão social.
Na perspectiva inclusiva da educação física escolar é imprescindível que as escolas estejam preparadas para lidar, no seu interior com as muitas diferenças.
Segundo Edler (1998), a partir das propostas de Educação para todos, passou-se a discutir o paradigma da inclusão que traz, no seu bojo, o desafio à universalização de uma escola de qualidade que não segregue e expulse alunos "com problemas"; uma escola que enfrente - sem adiamentos - a grave questão do fracasso escolar e que atenda a diversidade de características do seu alunado.
Ao analisar a representação da palavra inclusão nas falas dos participantes desta pesquisa, percebemos que ela transcorre por diferentes âmbitos relacionais de intervenção: 1) da indiferença - quando para o professor a criança está presente nas aulas; 2) do cuidado (atenção) - executa as atividades que o professor determina mecanicamente ou com a segurança dada pelo colega ou pelo professor; 3) da integração - executa as atividades que o professor determina e que são consideradas possíveis para ele 4) da emancipação - Executa as atividades superando suas limitações e ampliando suas possibilidades.
No discurso do professor 1 conseguimos identificar representações que podemos relacionar as dimensões do cuidado e da integração.
"Logo lembro do meu aluninho, não consigo nem pensar nesse menino, me dá pena (...) mas procuro sempre dar uma atividade sentadinha, que não precisa expô-lo e nem a sua deficiência." (Prof.1).
Essa postura demonstra que a inclusão escolar é vista pela ênfase dada às palavras no diminutivo, como uma forma de retratar sentimentos como piedade e tolerância. Podemos comparar com a visão que o Cristianismo difundia a deficiência: preciso ser caridoso com quem é infeliz.
Postura como essa está atrelada à escola tradicional que possui a concepção de ensino aprendizagem como algo que é ofertado a quem não tem, propondo que o aluno se adapte a escola. Nessa perspectiva torna-se complicada a presença de um aluno com deficiência em sala de aula, pois falta preparação do professor.
Devemos reiterar que o espaço da Educação Física é lugar propício para possibilitar a compreensão de suas limitações e capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação à realidade corpórea que ele possui e à sociedade na qual está inserido.
A pré-concepção de significados, produzido pela imagem do deficiente no imaginário social, os sugere como alguém dependente e incapaz de gerir sua própria vida, reduzindo à retalhos humanos. Ao vislumbrar esse sujeito, não podemos fazê-lo pela lente da incapacidade. Pois assim fica comprometida uma importante reflexão em torno do seu significado político, econômico e social imposto pela deficiência, mas que a rigor, não devem representar impedimento ao exercício da plena cidadania. São as inúmeras exigências sociais que colocam alguns cidadãos em condição de desvantagem e não propriamente, suas características diferenciadas.
Neste sentido, a Educação Física precisa romper com essa visão e se apresentar como instrumento de mediação do desenvolvimento global do deficiente físico, proporcionando condições que facultem sua independência, participação e auto-realização.
Nos discursos dos professores 2 e 3, ao nos apresentam o termo inclusão, encontramos representações geradas no âmbito da emancipação.
"Não posso falar em inclusão, sem falar em emancipação"(Prof.2).
"Incluir os alunos na aula de Educação Física é muito mais do que garantir a participação nas atividades. É possibilitar condições concretas de tornar-se cada vez mais autônomo e independente" (Prof.3).
Deduzimos que incluir, não é só ter o aluno presente nas aulas. Incluir também, não é fazer com que o aluno execute mecanicamente atividades determinadas a ele.
"Incluir implica a inserção do sujeito num permanente processo social de busca. É necessário o respeito devido à dignidade, a origem, as condições em que as pessoas vivem. Inclusão permeia o acesso justo e democrático, independente de quaisquer outras condições. Inclusão de fato é cumplicidade, é permissão recíproca" (Prof.2).
"A inclusão nas aulas de Educação Física promove o resgate da auto-estima favorecendo o aprendizado como um todo". (Prof. 3)
E essa cumplicidade, se concretiza quando o deficiente executa as atividades superando suas limitações e ampliando suas possibilidades.
Para que a escola possa ser considerada um espaço inclusivo é preciso que se abandone a condição de instituição burocrática e se transformar num espaço de decisão, ajustando-se ao seu contexto real e respondendo aos desafios que se apresentam.

A cidade para o deficiente físico

Só de andarmos pelas ruas e calçadas das cidades, podemos perceber os buracos e falhas que existentes. Para nós já significa um problema, pois podemos tropeçar, cair, nos machucar, etc. Imagine para um cadeirante! As ruas, são perigosas para eles por causa dos carros, as calçadas são altas e poucas são rebaixadas, os buracos e falhas estão por todo o lado, na maioria dos lugares só tem escadas e não tem rampas. Nas lojas não há espaço físico e condições deles de locomoverem. Será que a cidade pensa nos deficientes físicos?


Conclusão

A inclusão é um processo que exige transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais, com objetivo de se alcançar uma sociedade que não só aceite e valorize as diferenças individuais, mas que aprenda a conviver com a diversidade humana, por meio da compreensão e da cooperação.

Acreditamos que para promover a inclusão na escola, de forma responsável e competente, as atividades da Educação Física escolar devem oferecer e possibilitar condições de auto-segurança. O professor deve sempre se preocupar em elaborar práticas educativas em ambientes (piso, iluminação, sonorização), materiais (textura, tamanho, peso, tempo de uso) e vestimentas apropriadas.

Assim, o professor de Educação Física deve possibilitar ao deficiente físico, atividades que garanta e desenvolva seu auto conhecimento, criando condições para que realize os movimentos conscientemente, não os fazendo mecanicamente, mas sim percebendo como os faz. Devemos tomar muito cuidado para que, tentando acertar, não corramos o risco de cometermos um grande erro, pois não adianta colocar educandos portadores de deficiência em classes regulares achando que assim está incluindo-o na sociedade, sem o adequado suporte de apoio, sem preparação do profissional e sem especial assistência, pois com o intuito de inclusão estaremos excluindo esse indivíduo.

Assim sendo, inclusão não pode ser representada como o contrário de exclusão, pois às vezes "incluindo" estamos excluindo. Inclusão deve ser significada como sinônimo de emancipação.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Inclusão Social. Mas o que é a Inclusão?

Hiperatividade (TDAH) O que é Hiperatividade?

deficiência Mental